Meus amigos, clientes deste vosso e meu estimado café, como estão? tudo bem dispostito?
Lamento a minha curta ausência, já vão ter de levar com mais parvoeira assim plo lanche...é o que dá deixarem pessoas como eu, abrir cafés como este...
Adiantando-me,hoje o tema vai ser:
Bater com o nariz na porta
A origem e algumas situações de adaptação da frase anterior...
Vindo dos anos de 1700 e picos, digo eu, que nada sei e pouco informo, pronto pra ser mais precisa...
Vindo dos anos dos nossos tetravós, esta frase adequava-se nas seguintes situações:
Situação 1: A vossa tetravó ia ter com a sua amiga Joaquina das Amélias Doces (nome ficticio...eu não sei quem eram as amigas das vossas tetravós, nem das minhas quanto mais das vossas) e plo meio de ervas, quintas, quintais, riachos e rios, lá chegava com a sacola plo meio do braço e o lenço da mãe pla cabeça, pra não desmanchar o penteado, chegada ao local (relembro...casa da Joaquina das Amélias Doces) e a Joaquina (não vou repetir o nome...leiam atrás!) não estava lá à 1º batida, as vossas tetravós batiam, até lhes doer o pulso de tanto movimentarem a mão de encontro com a porta, e a Joaquina (não repito!) não estava lá, logo, a vossa avó tinha "batido com o nariz na porta" da dita Joaquina (irra! que são chatos, pronto pronto eu digo!) das Amélias Doces.
Situação 2 - Pouco a pouco o pequeno António Manuel das Figueiras Maduras (nome ficticio para outro tetravô) acordava, já a casa estava em alvoroço, o pai preparava a marmita pra ir pra lavoura, a mãe preparava-se para ir lavar a roupa no tanque da Aldeia, a irmã estava a coser botões das camisas do António (naaaaa, este não!!!É António e ponto final.). Ele levanta-se com berros da mãe a pedir-lhe pra ir à mercearia da vila, a àlguns quilometros da aldeia, para ir comprar pão e leite pra semana, lá foi o António, pobre rapaz, meio atanratado com o sono. Chegado à vila...
-Bom dia Senhora Ingracia das Coubes, então? saudinha? -diz o António.
-Ah sim!...e o menino?
-Também.
(Conversas interessantes estas que os vossos/meus tetravos tinham)
-Então qué que o menino se me quer aqui da loja?
-Ah....era pão e leite pra semana!
-Olhe tem azar...já não temos, gastou-se, as pessoas têm vindo mais cedo nos fins-de-semana.
-Tou tramado.
E pronto....vocês já perceberam o que aconteceu...o vosso/meu tetravo António Manuel das Figueiras Maduras "bateu com o nariz na porta"
Situação 3: Nos dias de hoje :
-Mãe, pai...quero um telemóvel 3G, com câmara, com 8.0 megapixels e com toques polifónicos tipo mesmo buéda fixes tão a ver? qué pra depois mandar vir plo 3334 ou plo 5430 o toque "as ancas não mentem" da Shakira!!! É cotas tão a ver a cena?!
-Não.
- Oh mãe diz ao pai , eu quero mesmo bué.
-Não.
E esta é mais uma situação de um adolescente dos nossos dias que "bateu o nariz na porta"
Mas no fim de isto tudo, eu ainda me pergunto "porquê o nariz?!"
Será por ser o que está mais saido da cara e é o que chega mais depressa a uma porta se ela tiver fechada?! Então e os pés? não ficava bem...:
"Bateu com os pés na porta"
Ou tem a ver com a dor que provoca no ser humano?
Ah se for no nariz, como o nariz tende a ser bastante sensivel (não sei se já provaram a dor de levar com uma bola de basket no dito cujo, mas não é nada agradavel),mas e se então pusessemos:
"Bater com o dedo mindinho do pé na quina porta" ?!?
Ora cá está uma dor que ultrapassa a dor de bater com o nariz na porta...
Acho que ainda vão reformular esta frase depois deste post!...
Não sei como, nem porquê, se eu tiver esse poder na sociedade, vou abrir mais cafés, quem sabe em Paris, Itália's, etc e tal.
O mais provavel é não ter esse poder e "bater com o nariz na porta".