A reabertura!

Fu, fu, fuuu.

Estas teias de aranha que tão agarradas ao tecto custam a sair. Raio do café, foi-me levado pelas cheias. Deixei de cá pôr os pés quando fui de férias para as Canárias, e apareço cá e isto parece um pombal... É só pó e nem o rádio já funciona! Ai a minha vida, vamos lá reavivar este espaço minha gente! Estes miúdos puseram-se a fazer rabiscos nas paredes agora tenho de ir comprar uma lata de Barbot pra ver se isto volta a ser amarelinho por fora! Ai rico café, que te fizeram?

Depois de muita luta pública (imagem acima) e revoltas protestantes, eis que:

O CAFÉ TÁ DE VOLTA!

(limpem as lágrimas com o guardanapo de papel que vos mandei tirar do suporte, para esta ocasião!)





Meus clientes amorosos, voltem ao café. Um bica, uma meia de leite, um pastel de nata!
Toca a entrar, que só falta arejar o cheiro a lixivia!



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O que é que se fala aqui?

Licor beirão! ....ah...não era isto...tá bem...



Se há pessoa que eu mandava ir estudar de novo era este senhor:

Perguntam quem sou eu, dona de um bonito e arejado cafézinho, para dizer que um "nobel" deveria voltar à escola primária. Eu respondo prontamente que ... não sei... mas vou dizer na mesma as razões de o dizer:

1- fala com palavras caras sim, pelo menos sabemos que consulta todos os dicionários disponiveis de lingua portuguesa (as palavras caras não ajudam quando não se percebe metade da história senhor...).

2- Meu amigo (que de pouco o tem...nem ao cafézinho ainda teve a honra de vir! Digo eu, que isto de ser reconhecido mundialmente tem muito que se lhe diga...daí a ser omnipresente é um saltinho), tenho a ligeira impressão que andava com paixoneta na menina de totós ao lado da sua carteira quando a professora ensinava como se escrevia um diálogo... Vamos lá voltar uns...umas...centenas de anos atrás:

" Meninos! Hoje vamos aprender a escrever um diálogo! Começamos assim..." e aqui as seguintes horas apagaram-se do seu intelecto.

É simples meu amigo! Quando quiser escrever um diálogo só tem de acrescentar dois pontinhos (verticalmente predispostos, um em cima do outro) à frase que pretende terminar, e, seguido de um parágrafo, acrescentar um traço horizontal e escrever cada fala dos personagens! Dificil? Não! Legível? SIM!

Parece-me que andou a faltar às aulas do último volume!

3- Blimunda e Baltazar não me parecem nomes bonitos de gente...Baltazar é aceitável, mesmo assim parece nome de animal ou desenho animado (sem ofensa para os clientes Baltazares!), mas Blimunda? Blimunda??...(corro o risco de me aparecerem 50 000 comentários de Blimundas dispostas a vandalizar este pequeno café...é da maneira que isto ganha movimento! Mas depois da bagunça ponho-as a limpar o que sujaram! Era o que mais faltava! Ai as moças!) A rapariguinha até podia ser ruiva e ter uns olhos bonitos...mas Blimunda não, não mesmo!

E agora, em jeito de despedida, deixo-vos um texto da minha autoria, inspirado neste grande escritor que é esse meu amigo!

"Maria Aurélia, corre, depois de grandes passeios para os lados de mais que além, um grande risco de, sendo amantizada com o grande e superior visconde Julião Ferranhoso, que é homem estimado para o grande povo sofrido que nos apresenta o pão com bolor e a trouxa rasgada de peso indispensável, ir até ao castelo de el-rei de Espertaniana, que espera visitas desde que determinada gentes o veio socorrer. Que vens fazer mulher, Venho porque me quereis aqui, Nunca lho disse, pensou que era invenção da mulher, estranha, do povo que lhe aparece com cabelos loiros pela nuca, que mais não crescem, Não, venho como quem vem fazer-lhe uma visita, Mentira, que quereis, Quero viver em Lisboa, perto de Cascais, tem lá uma casa remediada de paredes, chega-me." by A Xô Dona do Estabelecimento

Parabéns pela obra senhor...esqueceu-se do cimento, mas de resto, tem futuro!

Tá a sair uma torrada quentinha prá mesa 5!!

A renovada,

xô Dona do Estabelecimento.